Agronegócios
Chuvas retomam ao Centro Oeste mas umidade do solo ainda não é ideal
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Após um período de estiagem, as chuvas voltam aos poucos à região Centro-Oeste do país. No entanto, a previsão para o mês de setembro é de uma média baixa de chuvas, o que pode afetar o solo que não terá a umidade ideal. Quem vai nos dar mais detalhes sobre esse cenário é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas.
Seja bem-vinda, Carla.
“O mapa das instituições privadas de meteorologia mostram uma baixa porcentagem para quase toda a faixa central do Brasil. No Centro Oeste, boa parte dos estados não apresentaram água disponível no solo acima de 10%. Isso é muito preocupante, principalmente no momento pré início de safra. No próximo dia 10, já termina o vazio sanitário no Paraná, 15 de setembro termina no Mato Grosso e os trabalhos de campo já podem ser iniciados, mas com esses níveis de umidade pode ser que nós vejamos o plantio começar um pouco mais adiante.”
Longe de ter uma temporada favorável, os produtores de algodão sofreram mais um golpe. Com um período de baixa liquidez em seus faturamentos, os produtores viram os preços do produto caírem pelo quarto mês consecutivo. O que anda causando esses resultados, Carla?
“Nós estamos observando um equilíbrio muito grande entre oferta e demanda e com isso, os preços vem sentindo essa pressão. Com isso, os vendedores seguem retraídos para novas vendas, nos valores pedidos, Isso acaba comprometendo a liquidez desse mercado e, portanto, uma recuperação nos preços. Se observarmos o acumulado do ano, de 28 de dezembro a 2 de setembro a baixa é de 19%.”
E a produção de laranja segue à todo vapor. Dados do Cepa indicam que as chuvas registradas em alguns pontos de São Paulo no início de agosto já possibilitaram as primeiras floradas nos laranjais. Carla, o que podemos esperar diante dessas condições?
“As perspectivas são boas, essas são as flores que vão dar origem as frutas da safra 2020/2021 e, de uma forma geral, são floradas consideradas boas e regulares, principalmente nas plantas mais novas e nos pomares com sistema de irrigação, uma vez que as chuvas não foram bem distribuídas entre todas asa regiões produtoras. Então, o desenvolvimento está um pouco mais avançado onde há esse sistema e a perspectiva é bastante positiva onde já são observados os primeiros chumbinhos e, consequentemente, as flores e as frutas.”
Depois das quedas no preço em julho, os preços de arroz tiveram uma leve recuperação em agosto. No entanto, o início da nova safra aponta para preços menores do que no ano passado. O que está causando isso, Carla?
“Apesar da pouca disponibilidade de arroz nesse momento, que é um dos fatores que dá esse espaço para a recuperação dos preços, nós vemos um baixo consumo internamente e alguma queda nas exportações. Então há um equilíbrio nesse mercado, a recuperação vem como resultado de uma oferta menor nesse momento e só não é mais intensa porque temos essa dificuldade de demanda, tanto interna como externa. Em agosto o aumento nos preços foi de cerca de 4% na parcial do ano e a média do indicador é de R$ 43,75 por saca pagos ao produtor.”
Obrigado pelos esclarecimentos, Carla. Quem quiser saber mais novidades do agronegócio é só acessar o Notícias Agrícolas, certo?
“É isso mesmo. noticiasagricolas.com.br para ser o produtor rural mais bem informado do Brasil.”